Goiás apresenta propostas na Conferência Nacional de Vigilância em Saúde

"Estabelecer as diretrizes para formular uma política nacional de vigilância em Saúde que seja integral e sustentável". O comentário do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jarbas Barbosa, ilustra o objetivo da 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde, que acontece entre terça e sexta-feira desta semana, 27 de fevereiro a 2 de março, em Brasília.

Goias está sendo representado por três delegados e pelo Conselho Estadual de Saúde. Mais de duas mil pessoas de todo o País participam do evento.

Cerca de 170 propostas para qualificar o SUS estão sendo discutidas no encontro, sendo 11 do Estado . Entre as propostas que Goiás encaminhou estão o planejamento integrado da vigilância com a atenção primária, garantia de financiamento adequado e compatível com a realidade da Vigilância em Saúde, fortalecer as políticas de alimentação e nutrição, ampliar as respostas rápidas às emergências em Saúde e o alcance da comunicação para o assunto, dentre outros.

O tema central da conferência, que orientará as discussões é “Vigilância em Saúde: Direito, Conquista e Defesa de um SUS Público de Qualidade”. Segundo a gerente de Vigilância Epidemiológica da SES-GO, Magna de Carvalho, a Conferência terá um grande legado. "É preciso debater políticas para melhorar a saúde das pessoas, por isso esse momento é marcante", diz.

Para Sander Pereira, servidor da SES-GO e um dos delegados do Estado, construir as diretrizes da Vigilância em Saúde é fundamental para que a sociedade e as entidades exijam uma saúde pública de qualidade. "A partir da formulação de diretrizes será possível nortear as ações de vigilância, sendo um recurso importante para o controle social da área ", ressalta. Segundo ele, os quatro componentes da Vigilância em Saúde (Ambiental, Epidemiológica, Trabalhador e Sanitária) precisam agir em sinergia para gerar promoção, prevenção e proteção à Saúde e melhor a atenção primária.

Para Jarbas Barbosa é fundamental a promoção da saúde em todos os níveis de atenção. "Essa conferência será um divisor de águas para reafirmar que sem vigilância não existe saúde integral. Existe uma lacuna grande para a história do SUS não haver uma política nessa área, por isso a necessidade de uma conferência desse porte", afirma.

Segundo Jarbas, estão sendo debatidos temas para o estabelecimento de um modelo de atenção à saúde voltado para a redução do risco da doença e de outros agravos, onde a promoção, proteção e prevenção ocupem o mesma importância do que a recuperação e assistência.