HMI, Spais e Suvisa reúnem para discutir programa “Siga Bebê”

O Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), da SES - Governo de Goiás, sediou na tarde desta terça-feira (27 de fevereiro) a primeira reunião do programa “Siga Bebê”, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) com o intuito de reduzir os índices de mortalidade infantil, em Goiás.

O programa tem como objetivo entender os problemas enfrentados na Segurança do Paciente e reduzir a mortalidade de mães e bebês

O encontro reuniu representantes das Superintendências de Vigilância em Saúde (Suvisa) e de Políticas de Atenção Integral à Saúde (Spais) do Estado de Goiás; membros da Comissão Controle de Infecções Hospitalares (CCIH), Núcleo Interno de Segurança do Paciente (Nisp) e equipe multiprofissional do HMI, além de representantes de municípios, incluindo Goiânia, escolhidos para implementar e efetivar medidas em favor da segurança do paciente.

O HMI – referência no Estado para assistência à mulher e à criança – foi a primeira unidade a receber a reunião, que teve como tema central de discussão a segurança do paciente. A equipe da Suvisa, coordenada pela superintendente Maria Cecília Martins Brito, elaborou dinâmicas para tentar entender os principais problemas enfrentados pela unidade que põem em risco o paciente para, assim, diminuir a taxa de mortalidade infantil e materna dentro do hospital. “Este é um momento de aprendizado para nós e de desafio para vocês. Estamos aqui muito mais para pedir que vocês nos ajudem a construir essa estratégia do que para apresentar uma proposta pra vocês”, argumentou a superintendente Maria Cecília.

De forma dinâmica, a gerente Nara Letícia dos Reis de Jesus, da Gerência da Saúde da Mulher, Criança e Adolescente da Spais, tentou localizar, com a ajuda dos colaboradores do HMI, onde estavam os principais problemas da unidade, se tratando de saúde do paciente, para que, a partir disso, uma estratégia para melhorar pudesse ser traçada. Dentre elas, a equipe do hospital destacou como mais importante as dificuldades da rede básica de saúde, que faz com que a unidade fique superlotada; a sensibilização dos profissionais de saúde quanto ao tema; a uniformização da linguagem; a dificuldade dos colaboradores em entender que as notificações de erro servem para discussão e crescimento da equipe, e não para culpa-los ou puni-los.

Dentre as questões apresentadas, ficou firmado que a educação continuada, oficinas de sensibilização e o monitoramento dos eventos adversos, estratégias já realizadas pelo HMI ao longo dos anos, é a melhor estratégia. Ainda, o HMI firmou o compromisso de elaborar ações para melhorar, ainda mais, a segurança do paciente no hospital. “A secretaria vir para dentro da unidade hospitalar e conhecer os problemas do processo de trabalho, provocar os profissionais, tirar da zona de conforto, promover essa reflexão acerca do que pode ser feito é muito importante. Em contrapartida, temos a oportunidade de apresentar o quanto nós evoluímos na segurança do paciente, visando a mortalidade materna e infantil”, afirma Rita Leal, diretora regional do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), Organização Social (OS) responsável pela gestão do HMI.

Sobre o programa - O Siga Bebê integra o Programa Goiás Mais Competitivo, um projeto de desenvolvimento de competitividade e melhoria de gestão pública do Estado para garantir melhor qualidade de vida para o cidadão goiano. Além do setor saúde, o programa realiza ações e investimentos nas áreas de segurança, habitação, educação, saneamento, sustentabilidade, assistência social, infraestrutura urbana e de convívio social.

A taxa de mortalidade infantil é definida como o número de óbitos de menores de 1 ano de idade, por mil nascidos vivos. O Siga Bebê tem como objetivo primordial a redução do índice de mortalidade infantil em Goiás para 10,6 neste ano. Em 2013, este índice era de 13,86 óbitos.