Avança parceria entre Goiás e DF no enfrentamento à dengue

Gestores do Estado de Goiás e o governo do Distrito Federal reuniram-se nesta sexta-feira, 23, em Brasília, para discutir e desenhar um plano de trabalho para fortalecer ações conjuntas para prevenção de dengue e outras arboviroses - doenças transmitidas por insetos. As atividades fazer parte da sala interfederativa dos dois Estados no combate ao Aedes aegypti. Participaram gerentes e coordenadores da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) e do DF das áreas de Vigilância em Saúde, Atenção Primária e Regulação.

A parceria é importante porque a região do Entorno, composto por 19 municípios, é considerada prioritária no Estado no combate à dengue devido à densidade populacional, o que facilita a dispersão dos casos de dengue e a proliferação do vetor. As atividades ainda integram também a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE), que busca fomentar o desenvolvimento Social e Econômico da região. A intenção é depois de formatar o plano de trabalho é apresentá-lo aos superintendentes e secretários dos dois entes federativos.

Na reunião ficou definida uma agenda com os gestores municipais, distritais e estaduais para estabelecer um modelo de integração nas áreas de redes de Urgência e Emergência, Atenção Primária, Regulação e Vigilância e outras agenda com as áreas técnicas para definir a operacionalização das ações.

Segundo Tânia Vaz, gerente da Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador da SES-GO, a expectativa é grande para operacionalizar as ações conjuntas e exercitar esse processo de relações interfederativa.  “Temos conversado há algum tempo com o governo do DF para firmar parceira mais intensa no âmbito da Saúde e essa reunião tem um aspecto positivo por ampliar esse espaço de discussão”, diz.

Marcus Quito, subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, destacou que é preciso definir soluções em conjunto para aprimorar o trabalho de gestão e operacional.   Com o estreitamento do diálogo, a intenção é futuramente criar um fórum, um colegiado de gestão, deliberativo, análogo a Comissão Intergestora Bipartite (CIB) e Comissão Intergestora Regional (CIRs). “Com o plano de trabalho o nosso objetivo é zerar o número de óbito no DF e reduzir os índices de dengue grave”, diz.

De acordo com Marcus, o Estado de Goiás, no campo de informação em Saúde, tem avançado bastante e o DF precisa absorver essa experiência para aprimorar o trabalho.  “Para fazer saúde e promover respostas rápidas em situações epidêmicas, é preciso ter informação e estatísticas sobre o cenário. Goiás é uma referência nesse sentido, com uma sala de situação bem avançada, por isso esse estreitamento de relação é fundamental para a nossa gestão”, frisa.

O coordenador geral de Dengue em Goiás, Murilo do Carmo, apresentou uma preocupação com o cenário epidemiológico no Estado com relação a maior incidência de dengue tido 2, que tem índices de maior gravidade nos pacientes com a doença. Segundo Murilo, em todo o trabalho de vigilância e assistência deve-se ter esse foco, tendo em vista as gravidades dos casos.