Neste domingo (28) é comemorado o Dia Mundial de combate à Hanseníase

No último domingo de janeiro (28) comemora-se o Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase. A escolha de uma data para falar de hanseníase foi instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e é uma maneira de mobilizar o compromisso social e político para intensificar as ações de prevenção, educação e controle da doença.

Seguindo uma tendência nacional, o Estado de Goiás teve redução no registro de novos casos de hanseníase nos últimos anos, mas a taxa de detecção ainda é considerada Alta. Em 2017* (dados preliminares) foram detectados 1217 casos novos (taxa de detecção 18,2/100 mil habitantes).

Atualmente, o Brasil apresenta decréscimos na taxa de detecção de casos novos de hanseníase, porém em patamares elevados. Em 2016 foram registrados 25218 casos novos, sendo as regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste as mais endêmicas.

Dentre as ações desenvolvidas de combate à enfermidade pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) destaca-se a Campanha de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomose em Escolares. A expectativa é realizar o quinto ano da Campanha de profilaxia e a busca ativa de casos novos no primeiro semestre do ano de 2018, após o início do ano letivo. Essa ação tem como público-alvo alunos na faixa etária de 5 a 14 anos de idade, matriculados em escolas públicas de municípios brasileiros com maior vulnerabilidade social e elevado risco de adoecimento para esses agravos.

É importante a intensificação das ações de controle no sentido de alertar a sociedade civil sobre os principais sinais e sintomas e incentivar a procura pelos serviços de saúde. Realizar exame dos contatos entre os casos registrados, divulgar a oferta de tratamento completo no SUS e promover atividades de educação em saúde que favoreçam a redução do estigma e do preconceito que permeiam a doença também são ações fundamentais.

Doença

A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta, manifestada por manchas na pele e dor nos nervos dos braços, mãos e pernas, com potencial incapacitante. O potencial incapacitante está relacionado às deformidades físicas, sendo este um dos fatores que contribui para a manutenção do estigma e preconceito sobre a doença.

Ela é transmitida pelas vias aéreas superiores, por meio de contato direto e prolongado com o doente sem tratamento. Entre os principais sintomas, estão manchas na pele com alterações de cor e de sensibilidade (a pessoa pode se queimar ou cortar sem sentir dor), dormência, queda de pelos e o comprometimento de nervos periféricos, levando à perda da força dos músculos.

É fundamental que a doença seja diagnosticada precocemente e que se institua o tratamento adequado com a poliquimioterapia (PQT), que leva à cura da doença. Os medicamentos e a assistência médica são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde.

A doença constitui ainda problema de saúde pública na maioria dos estados brasileiros, pois o número de casos novos e os coeficientes de detecção, que indicam sua transmissibilidade e endemicidade, continuam elevados em virtude da continuidade na transmissão da doença entre as populações ou ainda pela detecção tardia de casos.