Ação da Suvisa garante qualidade dos alimentos industrializados

Cerca de 30% das amostras de alimentos industrializadas, recolhidas todos os anos em caráter de rotina em estabelecimentos comerciais de todo o Estado, apresentam rotulagem em desacordo com a legislação vigente.

Esta constatação é feita pela Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) com base nos laudos das análises dos produtos, a maioria feita no Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen).

Cecília faz esta revelação para lembrar a importância do trabalho de fiscalização e monitoramento da qualidade de alimentos realizado por agentes de Vigilância Sanitária. Em 5 de agosto será celebrado o Dia Nacional de Vigilância Sanitária.

As análises de alimentos industrializados integram uma ação incessante desenvolvida pela Suvisa com o objetivo de aferir e garantir a qualidade destes produtos que chegam à mesa do consumidor. O coordenador de Vigilância Pós-Comercialização da Suvisa, Shamon Henrique Feitosa de Souza, informa que por ano são encaminhados para análise cerca de 700 amostras de produtos como carne, leite, ovos, bebidas, café, sal, queijo, vegetais minimamente processados, hambúrguer, água mineral, farinha, cereais, fubá, picolés, sorvete, pães e frango empanado, entre tantos outros.

O Programa Estadual de Monitoramento da Qualidade de Alimentos é desenvolvido pela Suvisa em parceria com o Lacen e com as Vigilâncias Sanitárias Municipais. A maior parte dos exames é realizada em caráter de rotina ou quando há registro de denúncias por parte da população. Shamon Feitosa destaca que a realização de análises nos produtos industrializados é fundamental para a segurança do usuário. Do total de amostras analisadas nos últimos dois anos, cerca da metade não apresenta nenhum tipo de problema.

Além dos 30% de amostras que apresentam não conformidades na rotulagem, cerca de 18% apresentam algum tipo de desvio de qualidade ou desvio de qualidade somado à não conformidade na rotulagem (veja números). A análise de cada amostra, conforme explica o coordenador, é realizada de acordo com a especificação do alimento. “Leite, queijo, palmito, carne e cogumelos, por exemplo, passam pela análise microbiológica, que detecta possíveis contaminações e presença de bactérias e de coliformes fecais”, destaca.

Análises laboratoriais

Os produtos também passam por análise físico-química, que verifica se a composição está de acordo com os itens especificados no rótulo. Há, também, a análise microscópica, para constata possível alteração de cor e odor; análise de impureza e determinação de acidez e de gordura. Shamon Feitosa afirma que quando o Lacen não tem condição de executar a análise, o produto é encaminhado para laboratório de outro Estado.

Shamon Feitosa explica que quando é constatada alguma irregularidade, a empresa é intimada a apresentar medidas para corrigir o problema para que o mesmo não aconteça novamente. Segundo com a análise de risco da irregularidade, a empresa pode ser autuada, sendo submetida a Processo Administrativo Sanitário, podendo resultar numa advertência, multa, recolhimento do produto no mercado e até mesmo a interdição do estabelecimento.

Números

2015

Total de amostras – 775

Resultados satisfatórios – 406 - 52,4%

Problemas no rótulo – 229 - 29,5%

Desvio de qualidade/desvio de qualidade e problemas na rotulagem – 140 – 18,1%

2016

Total de amostras – 729

Resultados satisfatórios – 370 – 50,8%

Problemas no rótulo – 224 – 30,7%

Desvio de qualidade/desvio de qualidade e problemas na rotulagem – 135 – 18,5%

2017 – Até 10 de julho

Total de amostras – 247

Resultados satisfatórios – 124 – 50,2%

Problemas no rótulo – 75 – 30,4%

Desvio de qualidade/desvio de qualidade e problemas na rotulagem – 48 – 19,4%