Pesquisa sobre microcefalia no CRER começará em maio

Nesta quarta-feira, 24 de fevereiro, o médico e pesquisador Heitor Rosa, ligado ao Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER), apresentou a profissionais da unidade o projeto de pesquisa sobre microcefalia que será desenvolvido na unidade a partir de maio. Um dos maiores nomes da medicina goiana, Heitor Rosa, irá coordenar o estudo que tem como objetivo buscar métodos para reabilitação de bebês com este tipo de malformação.

Vinte profissionais de diversas áreas participaram da reunião, realizada no Centro de Estudos do CRER. Estiveram presentes o superintendente executivo da Agir, Sérgio Daher, médicos de diferentes especialidades, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais.

Durante a reunião, a primeira do grupo, Heitor Rosa informou aos profissionais da unidade de referência da rede própria da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) quais perguntas a pesquisa pretende responder. Entre elas, se existem diferenças anatômicas, estruturais e antropométricas entre as microcefalias associadas ao vírus zika e as não relacionadas e se há diferenças na resposta terapêutica entre as microcefalias.

A intenção, segundo o médico, é que a equipe de pesquisadores seja composta por profissionais da Pediatria Clínica, Neuropediatria, Neurofisiologia, Fisiatria, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Psicologia, Infectologia, Radiologia, Laboratório e Nutrição do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo.

Heitor Rosa pediu aos participantes que dentro de 15 dias informem como será a composição da equipe e os objetivos dos estudos nas diferentes áreas, a metodologia que será utilizada, a bibliografia e o material que será necessário para o desenvolvimento das atividades. "Pesquisa só funciona em equipe. Precisamos buscar métodos para reabilitação em microcefalia, independentemente de ser por zika ou não."

A partir do encontro, ficou definido que o grupo de pesquisadores irá se reunir mensalmente. A intenção é que todos estejam sempre informados sobre o que os outros estão desenvolvendo.

O superintendente da Agir, Sérgio Daher, reforçou a importância do trabalho. "Independentemente do resultado, vamos trabalhar. É importante que o CRER comece a ter uma área de pesquisa mais forte. Essa era uma ideia desde a criação dessa unidade. Isso é muito gratificante para nós."