Encontro debate medidas de prevenção para evitar entrada da Peste Suína Clássica na zona livre

Entidades representativas de produtores de suínos, dirigentes e técnicos dos órgãos de defesa agropecuária dos Estados de Goiás, Mato Grosso, Distrito Federal e Tocantins, representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, criadores de suínos, médicos veterinários e profissionais de áreas afins estiveram reunidos hoje (30/10) em Goiânia para debater medidas e ações preventivas para evitar a entrada da Peste Suína Clássica – PSC nas áreas já classificadas como zona livre da doença.

O encontro foi organizado pela Associação Goiana de Suinocultores – AGS, em parceria com as Associações Estaduais do Centro-Oeste e Tocantins e apoio da Associação Brasileira de Criadores de Suínos – ABCS. A palestra de abertura foi proferida pela diretora técnica da ABCS, Charli Luctke, que apresentou um panorama da suinocultura brasileira. A iniciativa de promover uma rodada de discussões foi motivada principalmente pelo surgimento de casos de Peste Suína Clássica nos Estados do Ceará, Piauí e recentemente em Alagoas e o perigo de que o mal possa chegar ao Centro-Oeste, região em que a atividade suinícola tem grande relevância, com geração de grande volume de negócios, geração de emprego e exportações.

Os Estados do Nordeste em que foram registrados casos não fazem parte da zona reconhecida como livre de PSC. Portanto, os impactos da doença nas exportações tiveram impacto inexpressivo. Porém o risco da reintrodução da doença em zona livre terá consequências graves para toda a cadeia produtiva, para os Estados produtores e para o País. A zona livre é integrada pelos Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além dos Estados do Tocantins., Rondônia, Acre, Sergipe e Bahia.

Procedimentos

Durante o encontro, os representantes dos órgãos de Defesa Agropecuária dos Estados discorreram sobre as ações e medidas de prevenção e controle que são adotadas para evitar o surgimento de focos da doença, como vigilância passiva, vigilância ativa, monitoramento em granjas de suínos, vigilância ativa voltada ao risco dos lixões, vigilância sorológica em suídeos asselvajados (javalis) e ações de educação sanitária para os produtores.

A coordenadora do Programa Estadual de Sanídade dos Suídeos da Agrodefesa, Denise Caroline Toledo, observou que a maior preocupação em Goiás se concentra nas regiões Norte e Nordeste do Estado que, além de estarem mais próximas dos Estados que fazem divisa com a zona não livre onde foram detectados os focos, a maior parte dos criatórios são de subsistência, o que aumenta o potencial de risco, pela falta de biosseguridade.

Denise Toledo também falou das ações de fiscalização em lixões e aterros sanitários, bem como da vigilância ativa que só este ano promoveu 1.342 fiscalizações em 1.003 criatórios do Estado em 126 municípios. Em relação ao transporte de suínos, foram abordados mais de mil veículos.

Uma das preocupações levantadas durante os debates foi com relação ao transporte de animais. Mesmo cargas que saem de Estados de zona livre de PSC para regiões que não são livres geram preocupação, porque esses caminhões deixam as cargas nos destinos, mas voltam aos Estados livres. Daí a necessidade de medidas profiláticas para garantir que esses veículos e pessoas não tragam os vírus para a área livre, tais como lavagem e desinfecção com produtos adequados.

União de todos

Os representantes de órgãos de defesa, das associações de suinocultores, produtores, médicos veterinários e técnicos tiveram oportunidade de apresentar suas considerações e contribuições, mas todos foram unânimes em afirmar que a Peste Suína Clássica é um problema sério e que requer a união de todos, a começar pela coordenação e regulação das ações pelo Ministério da Agricultura, participação dos Estados e cooperação do segmento produtivo. Representantes do Ministério da Agricultura informaram que até a próximo semana o Governo vai lançar o Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica com direcionamento de ações aos Estados de zona não livre da doença.

Ao final dos trabalhos, os participantes decidiram pela elaboração de um documento pelas Associações de Suinocultores a ser encaminhado ao Ministério da Agricultura, no qual fazem propostas para enfrentamento do problema. Destinação de maior volume de recursos, contratação e capacitação de profissionais veterinários, ampliação das ações de controle nos Estados e medidas concretas de erradicação da doença nos Estados que não são zonas livres foram os pontos comuns defendidos pelos participantes.

Da Agrodefesa participaram do encontro o diretor de Fiscalização Agropecuária, Sérgio Paulo Coelho; os gerentes de Sanidade Animal, Antônio Leal e de Fiscalização Animal, Janilson Azevedo Júnior; a coordenadora do Programa Estadual de Sanidade dos Suídeos, Denise Caroline Toledo e o assessor técnico Ramon Rizzo Vasques. Também estiveram representados no evento a Associação Goiana de Suinocultores; as Associações de Criadores do Mato Grosso, Tocantins e Distrito Federal; representantes dos órgãos de Defesa Sanitária desses Estados, bem como representantes do Mapa, criadores e outros agentes da cadeia produtiva.

Assessoria de Comunicação – 3201-3546

     

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