Balança comercial de Goiás em fevereiro registra superávit

Goiás registrou superávit no saldo da balança comercial do mês de fevereiro, atingindo US$ 87,3 milhões. As exportações tiveram um crescimento de 4,48% em relação ao mesmo período em 2018, e as importações apresentaram um aumento de 13,63% se comparadas com fevereiro do ano passado. Os dados foram divulgados pela superintendência de Comércio Exterior da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação (SEDI).

O superintendente de Comércio Exterior, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação (SEDI), Edival Lourenço Júnior, ressalta que o resultado das importações demonstra a recuperação da economia, que aumenta o consumo e aquece a produção. “Observamos que tivemos um o crescimento na compra de produtos voltados para o agronegócio, para a indústria farmacêutica e para a automobilística. Decorrências do aquecimento dos respectivos setores”, explica.

As importações de adubos (fertilizantes) ficaram em segundo lugar no ranking dos produtos importados. Totalizaram US$ 95 milhões em compras, com um crescimento de 112,47% se comparado a fevereiro de 2018, representando 28,43% do total das importações.

Os produtos farmacêuticos mais uma vez aparecem em primeiro lugar no ranking, com crescimento de 1,39%, se comparado a fevereiro de 2018, somando US$ 106,8 milhões, com participação de 31,95% do volume total das importações. Em terceiro lugar nas importações estão veículos automóveis terrestres, suas partes e acessórios com participação de 9,75%.

Em fevereiro foram importados 1248 produtos diferentes de 68 países. Os principais países de origem dos produtos importados são Alemanha (16,03%), Estados Unidos (14,38%), China (11,50%), Japão (6,23%), Suíça (5,62%), Canadá (4,67%), Tailândia (4,06%), Rússia (2,84%), Emirados Árabes (2,70%) e Egito (2,63%).

Exportações

As exportações alcançaram cifras de US$ 421,7 milhões, com 282 diferentes produtos vendidos para 116 países. O complexo de soja continua a aparecer no topo do ranking dos produtos exportados, com valor de US$ 108,3 milhões, com 25,68% de participação do total exportado por Goiás.

A exportação de carnes ocupou o segundo lugar no ranking, com acréscimo de 26,43% em relação a fevereiro de 2018, crescimento puxado pelo aumento das exportações das carnes bovinas e aves, com 27,96% e 39,32%.

Ressalta-se o crescimento da participação do setor mineral que mostrou sua força. A exportação de ouro ficou em terceiro lugar no ranking, com crescimento de 81,68% se comparado a fevereiro de 2018. Ao todo foram comercializados US$ 41,7 milhões, com participação de 9,90% no total exportado. O sulfeto de cobre também foi destaque ocupando o quarto lugar no ranking, totalizando US$ 35,5 milhões.

Goiás, em fevereiro, exportou 282 diferentes produtos para 116 países. A China ocupa o primeiro lugar dos países destinos das exportações, adquirindo 30,93% dos produtos vendidos. Entre os principais produtos exportados para a China estão: complexo soja; carnes bovinas; ferroligas; carnes de aves; couros e derivados; algodão; minério de manganês e seus concentrados; glicerol e peixes vivos.

A Itália apareceu em segundo lugar no ranking de países de destino, com participação de 7,94% no total das exportações, comprando outro, couros e derivados, carnes bovinas, partes elétricas de outras máquinas e aparelhos, entre outros. Os Países Baixos (Holanda) adquiriram 4,92% e a Espanha com participação de 4,81% do total dos produtos exportados por Goiás.

 

Comunicação Setorial – SEDI

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Cursos de Lapidação e Joalheria preenchem todas as vagas no Centro de Gemologia

Com foco na formação profissional de joalheiros e lapidadores de pedras e gemas, o Centro de Gemologia, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação (Sedi), gerido pelo Itego Onofre Quinan, no Daia, em Anápolis, iniciou na última semana a primeira edição de 2019 dos cursos de Lapidação de Gemas e de Joalheria. Foram preenchidas praticamente todas as 20 vagas (10 para cada atividade) totalizando 20 alunos por curso no semestre, com duração de 320 horas/aula presenciais.

Nos laboratórios do Centro de Gemologia, onde as aulas são ministradas gratuitamente, foram matriculados egressos não apenas da área de joalheria, alguns que até já exercem a atividade de forma prática, de artesanato ou garimpo, como é lugar comum.

Desta vez matricularam-se profissionais de áreas diversas, como analista de sistema e pedreiro, e também aposentado, todos em busca de formação que lhes garanta reforço na renda familiar e qualificação em mercados potenciais nos municípios em que moram.

A maioria dos aprendizes é do sexo masculino, originários de municípios goianos como Anápolis, Pirenópolis, Cristalina e Abadiânia, onde o curso tem boa aceitação. Mas se interessaram na matrícula também alunos de outros países, como da Argentina e do Uruguai. A predominância é de aprendizes mais jovens, embora adultos e idosos também compareça em todas as edições.

As aulas, teoria e prática, se encerram em 5 de julho, com a conclusão do primeiro curso deste ano. O Governo de Goiás, através da Sedi, oferece um Certificado de Conclusão de curso aos participantes.

SEDI tem agenda em Brasília com foco no comércio exterior

O superintendente de Comércio Exterior da secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Edival Lourenço Júnior, esteve ontem (12/03) em Brasília, onde participou de reuniões com o objetivo de incrementar as ações de internacionalização das relações comerciais de Goiás.

Na ocasião, esteve com o embaixador da Argentina no Brasil, Carlos Magariños e com o ministro-chefe da Seção Econômica e Comercial, Rodrigo Bardoneschi. No encontro com os representantes do país sul-americano, foram discutidos projetos de incremento da corrente de comércio bilateral entre Goiás e Argentina. Edival Júnior aproveitou a ocasião para convidar a Argentina a participar da Tecnoshow, no pavilhão internacional que será uma das novidades da feira agropecuária de Rio Verde.

Com foco na capacitação dos micros, pequenos e médios empreendedores goianos para o processo de exportação de seus produtos, a equipe da Sedi integrou a reunião realizada entre a Fapeg (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Na pauta, esteve o Programa de Qualificação para Exportação oferecido pela Apex-Brasil, cujo termo de convênio com a Fapeg deverá ser assinado em abril, com algumas mudanças em sua metodologia.

Participaram da reunião o presidente da Fapeg, Robson Domingues Vieira, o superintendente de Comércio Exterior, Edival Júnior, dos gestores públicos da SEDI, Ronaldo Costa e Sara Silva. Da parte da APEX, estavam a gerente de Sustentabilidade, Mônica Lobo, a gerente de Competitividade, Maria Paula Velloso e o analista em Comércio Exterior, Thiago Henrique Cardoso da Silva.

Comunicação Setorial – SEDI

Palestra do secretário da SEDI para servidoras ressalta a importância da inovação para transformar a sociedade

Como parte da comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação (SEDI) ofereceu às servidoras, nesta terça-feira (12), uma palestra ministrada pelo titular da pasta, Adriano da Rocha Lima, com o tema “Inovação Disruptiva”. 

Na palestra, Adriano dissecou o significado de inovação, palavra que está em moda na sociedade, mas, que, segundo ele, tem um significado muito mais amplo. “A intenção é provocar uma reflexão e analisar o impacto que a inovação provoca em nossa sociedade”, afirmou.

O primeiro questionamento do secretário da SEDI foi chamar a atenção para a dificuldade das grandes empresas inovarem. Segundo Adriano, por estarem estabelecidas e com produtos fortes no mercado, elas não assumem grandes riscos. Inovar, portanto, fica a cargo das startups e pequenas e médias empresas, que, por não conseguirem competir em pé de igualdade, apostam na inovação radical. 

Isso, porém, não significa implementar novas ideias com frequência. De acordo com o titular da SEDI, novidades são, geralmente, fracassadas, mas há uma razão mais forte que obriga a todas a investirem em novas ideias.

“Inovando eu vou ter sucesso? Na grande maioria das vezes, as inovações são fracassadas pelos mais diversos motivos. Então, por que eu vou inovar? Porque há uma única certeza: o que estou fazendo hoje vai deixar de existir”, explicou o secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação. 

Nesse sentido, a inovação somada à tecnologia, especialmente a inteligência artificial, provoca transformações radicais e profundas na sociedade. No transporte, há os carros autônomos, que, segundo pesquisas em países desenvolvidos, podem provocar o fim dos empregos de motoristas profissionais na próxima década. Na medicina, cirurgiões e radiologistas podem ser substituídos por algoritmos mais eficientes na detecção de doenças, como câncer de pele. 

Diante disso, segundo Adriano, surge um dilema moral e ético. “Devemos deixar de evoluir a tecnologia para preservar esses empregos? Ou devemos parar a tecnologia e manter esses empregos", questiona o titular da SEDI, para quem a resposta passa por uma simples constatação. "O papel da tecnologia é, fundamentalmente, melhorar a vida das pessoas”, afirmou.

Para que a tecnologia continue a transformar positivamente a sociedade, Adriano propõe que, no futuro, as crianças sejam educadas para serem complementares ao processo provocado pelo aprimoramento da tecnologia em vez de serem tratadas como vítimas. 

“Quando vocês se depararem com a palavra inovação e inteligência artificial, isso está transformando nossa sociedade. Se não nos engajarmos nessa discussão, estaremos a reboque dessas mudanças”, argumentou.

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Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás fará abertura do 8º Festival Música em Trancoso

A Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás (OSJG) é convidada especial para apresentações no 8º Festival Música em Trancoso, que acontece de 23 a 30 de março, no Teatro L’Occitane, no litoral sul da Bahia. O evento vai reunir grandes artistas da música clássica e popular.

O violoncelista alemão, Leonard Elschenbroich, regente do concerto que será apresentado pela Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás (OSJG) em Trancoso, vai realizar os ensaios do repertório com os solistas participantes: o spalla da Filarmônica de Munique, o violinista Lorenz Nasturica- Herschcowici e o contrabaixo da Orquestra Sinfônica do Teatro Mariinsky da Rússia, Evgeny Ryzhkov, na terça-feira (19), das 14 às 17h, no Teatro Basileu França. Às 18h30 acontece o ensaio do maestro da Orquestra Filarmônica de Madrid, Pascual Osa, com os músicos da Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás, no mesmo local.

No ano passado foi a primeira vez que a Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás tocou no Festival Música em Trancoso e, inclusive, foi aplaudida de pé nas apresentações. Neste ano, a orquestra foi convidada para fazer a abertura do evento, no dia 23 de março, a partir das 18h30min.

O repertório que será apresentado ao público inclui clássicos de Gioachino Rossini, como Barbeiro de Sevilha, Overture e Abertura. Lorenz Nasturica apresenta ao violino as músicas Zigeunerweisen e Árias Ciganas, de Pablo de Sarasate. Também serão tocados o Gran Duo Concertante, de Giovanni Bottesini, e a Sinfonia No 5, de Piotr Ilitch Tchaikovsky.

O 8º Festival Música em Trancoso também vai contar com apresentações de diversos outros grupos, orquestras e corais, abordando estilos musicais diversificados como o jazz, rock, música clássica e popular, soul e wold music.

 

O maestro da Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás (OSJG), Eliel Ferreira, conta como estão os preparativos para as apresentações no evento. “Ficamos muito felizes enquanto orquestra com o convite para participar mais uma vez do Festival de Música em Trancoso, fazendo a abertura de um festival, que é um dos mais importantes do Brasil, e conta com o envolvimento de músicos nacionais e internacionais de alto nível. Outro fator extremamente positivo será a integração do nosso grupo com músicos experientes e de renome. Estamos muito animados e cheios de expectativas para mais essa apresentação de destaque”, ressalta.

Sobre o Festival Música em Trancoso

Evento musical único no Brasil, o Festival Música em Trancoso surgiu em 2012 e desde então se realiza anualmente, em março. Sua programação eclética congrega música clássica, popular, jazz, wold music, com artistas exponenciais do Brasil e da cena mundial. Além dos espetáculos no Teatro L’Occitane, sede do festival, o Música em Trancoso realiza atividades gratuitas, como concertos ao livre, masterclasses e aulas de educação artística nas escolas públicas da região.

 

Serviço: 8º Festival Música em Trancoso

Local: Teatro L’Occitane, na Bahia

Dias: 23 a 30 de março 2018

Informações: Ellen Ribeiro (Assessora de Imprensa) (62) 3988-8954 e (62) 99914-3430

Sedi oferece curso Plano de Negócios

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Inovação, através da Superintendência de Micro e Pequenas Empresas, vai oferecer nesta semana, o curso de Plano de Negócios, que habilita empreendedores aos recursos do Crédito Produtivo. As aulas serão realizadas na sede da Agência de Fomento de Goiás entre os dias 13 e 15 de março e são destinadas a micro e pequenos empresários, micro empreendedores e para o público em geral. O curso, que é gratuito, tem duração de 12 horas/aula presenciais, e as inscrições já se encontram abertas pelo telefone (62) 3201-5527.

O curso Plano de Negócios oferece treinamento obrigatório tanto a micro empresários já estabelecidos, como a possíveis empreendedores de micro, pequeno e médio porte, assim como a empreendedores informais que desejem formalizar seus negócios. No conteúdo programático, estão orientações para a gestão de negócios, administração empresarial, planejamento sustentável, inovações e crédito subsidiado, entre outras informações.

Como consequência desta ação de Governo, que é disponibilizada gratuitamente aos tomadores e pretensos tomadores dos recursos Crédito Produtivo, o empresário passa a empreender e gerar sua empresa com segurança, vislumbra o aumento de número de empregos e aplica melhor seu capital, expandindo sua renda e ajudando no desenvolvimento econômico do Estado.

Os empréstimos do Crédito Produtivo podem ser pleiteados em valores até R$ 50 mil para Micro Empresas e R$ 30 mil para Micro Empreendedores Individuais, a juros de 0,5%/mês. Os prazos de pagamento vão até 36 meses e carência de até 6 meses. O agente financeiro dos créditos é a Agência de Fomento de Goiás (GoiásFomento).

Mais informações pelo telefone (62) 3201-5527.

Os desafios de ser mulher e fazer ciência

Neste 08 de março celebraremos o Dia Internacional da Mulher. Hoje, trazemos a discussão sobre o papel da mulher na ciência, as dificuldades para se tornarem pesquisadoras e os desafios que enfrentam dentro e fora da academia.

O ano é 2019. Apesar dos avanços que nós, mulheres, conquistamos para a nossa vivência em sociedade, ainda existem muitas áreas em que precisamos lutar para conseguir espaço e reconhecimento. A ciência é uma delas. Você se lembra de quantas mulheres cientistas e suas descobertas você estudou durante a escola? E homens cientistas?

De forma geral, estudamos rapidamente sobre uma cientista: Marie Curie, a polonesa que pesquisou sobre a radioatividade e foi a única mulher a ganhar o Prêmio Nobel duas vezes. E depois passamos para outras teorias de homens cientistas. Isso depois de já termos estudado as principais teorias de Kepler, Newton, Einstein, Bohr… a lista é longa, os nomes, masculinos.

Números
Segundo dados do Censo da Educação Superior de 2016, do Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as mulheres representam 57,2% dos discentes matriculados em cursos de graduação. O Censo de 2017 mostrou que, do número total de matrículas em Universidades, 104.633, o número de homens é de 49.935 enquanto 54.698 são de pessoas do sexo feminino.
Ainda de acordo com o Censo de 2017, no Estado de Goiás, do total de 3.949 docentes, 2.115 são mulheres e 1.834 são homens. As mulheres ocupam mais cargos de docência nas universidades, são maioria no número total de discentes e fazem pesquisa. Mas, na prática, como elas fazem ciência?

Acesso
Para Ceiça Ferreira, docente e pesquisadora do curso de Cinema e Audiovisual do câmpus Goiânia Laranjeiras, o desejo de ser pesquisadora começou desde muito cedo, quando ainda era criança. “Desde pequena eu gostava de estudar, lia muito”, contou a docente. Uma experiência importante na vida de pesquisadora de Ceiça foi o incentivo de uma coordenadora pedagógica da época do Ensino Médio que a motivou a realizar um projeto de pesquisa para o Prêmio Jovem Cientista do Futuro. “Essa experiência que vivi aos 16 anos foi muito importante para a minha formação”, relembrou a professora.

É interessante perceber como o incentivo, desde cedo, tem papel fundamental na busca por se tornar pesquisadora. Foi assim com a estudante de Cinema e Audiovisual, Pollyanna Vaz, cujos pais sempre a apoiaram nos estudos, “Meus pais não tinham cursado universidade e valorizavam muito o estudo”, afirmou a estudante. No começo, não foi fácil. Pollyanna tinha que ir a outra cidade para fazer as provas de vestibular, mas, para ela, o principal obstáculo era se sustentar para conseguir concluir o curso. A estudante está em um momento de transição do curso de Letras, que concluiu, para o curso de Cinema.

Academia e mercado de trabalho
De acordo com o relatório Sinopse Estatística da Educação Básica, baseado no Censo da Educação de 2017, dos 2,2 milhões de professores dos ensinos Fundamental e Médio, 1,8 milhão são mulheres. Para Lorena Francisco de Souza, professora do curso de Geografia no câmpus UEG Itapuranga, as mulheres são mais associadas à profissão de docente, especialmente na educação básica, pois existe uma ideia de vocação sagrada “nos moldes de uma sociedade patriarcal, que só pode ser melhor concebida e exercida por mulheres”, explicou a professora.

A professora Ceiça revela que, na área cinematográfica, apesar de prevalecerem como docentes, a maioria dos profissionais ainda é masculina e branca. Segundo pesquisa da Agência Nacional de Cinema (Ancine), dos 142 filmes lançados em 2016, 75,4% foram dirigidos por homens brancos; 19,7%, por mulheres brancas; 2,1% por homens negros e nenhum filme foi dirigido ou roteirizado por uma mulher negra. “Tais números evidenciam as desigualdades raciais e de gênero existentes no cinema brasileiro”, salientou a professora.

Assim como na docência, onde o ato de ensinar é remetido ao feminino, na área cinematográfica também existe a ideia de que a produção é uma função feminina: “Associa-se o feminino ao cuidado e, assim, à função de produtora, enquanto o masculino é associado à posição de roteirista e diretor”, relatou Ceiça.

Reconhecimento
Apesar de serem maioria, a busca de pesquisadoras, docentes e cientistas por reconhecimento e valorização dentro da academia ainda não é fácil. Essa dificuldade de reconhecimento gera a necessidade de a mulher ter que se reafirmar dentro da sua profissão, na academia como estudante, na sociedade. Para Ceiça Ferreira, no caso da academia, muitas vezes a pesquisadora tem sua pesquisa considerada de menor valor científico, “ainda mais se o tema for a representação de minorias e a intersecção de raças”, afirmou a professora. Segundo Ceiça, estes ainda são temas marginalizados na academia.

Para a professora Lorena, é importante realizar direcionamentos pedagógicos para os alunos no sentido de combater o machismo. “Nas ciências humanas, nós temos um pouco mais de contato com as leituras mais combativas”. A professora também relatou que convive com muitas profissionais da área de exatas que dizem que a necessidade de combater o machismo é ainda mais recorrente. “É muito comum duvidarem da sua capacidade intelectual, de liderar, de fazer pesquisa, quando se é mulher”, explicou.

Incentivo
Como estudante, Pollyanna acredita que um passo importante para o aumento no número de mulheres fazendo ciência é o incentivo, desde as primeiras séries até o Ensino Médio, além de “campanhas públicas de incentivo e visibilização das mulheres já atuantes em todas as áreas da ciência”, afirmou a estudante. Pollyanna também atentou para a necessidade de combate ao assédio e violência dentro da academia e nos locais de trabalho. “A omissão com relação a estas questões afasta muitas intelectuais da academia”, alegou.

Na esteira do incentivo a mulheres cientistas, a L’Oréal Brasil, em parceria com a Unesco Brasil e a Academia Brasileira de Ciências, premia pesquisadoras há 14 anos por meio do Programa Mulheres para a Ciência. Todos os anos, são premiadas sete pesquisadoras de diversas áreas do conhecimento com uma bolsa-auxílio de R$ 50 mil para dar continuidade a suas pesquisas.

As inscrições do Programa Mulheres para a Ciência de 2019 abrem neste 08 de março. Para saber mais sobre o prêmio e regulamentos, basta acessar o site https://www.paramulheresnaciencia.com.br

Anna Carolina Mendes/Cecom UEG

Sedi, Seduc e Sebrae discutem formas de incluir matéria de empreendedorismo no ensino médio

O superintendente de Micro e Pequenas Empresas da secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação (Sedi), Marcos Arriel, reuniu-se nesta quinta-feira, 7, com a superintendente do Ensino Médio da secretaria de Educação (Seduc), Osvany Cardoso, e com a coordenadora de Educação Empreendedora do Sebrae-Goiás, Cleonice da Silva, para discussão em torno da implantação do projeto Educação Empreendedora no Ensino Médio, nas escolas da rede estadual de educação.

Na pauta, a proposta de inclusão no ensino médio das escolas estaduais de informações sobre empreendedorismo para alunos do ensino médio. Dessa forma, a parceria entre o Governo do Estado e Sebrae promoveria a cultura inovadora do empreendedorismo na idade de formação dos jovens.

A ideia, segundo o superintendente Marcos Arriel, “é tornar mais abrangente a ideia do pensamento empreendedor, a exemplo do que a Superintendência de MPE já faz quando ministra a formação para os negócios através dos cursos e treinamentos do programa Crédito Produtivo. Só que, neste projeto, isso se dará numa abordagem didática, adaptada à faixa etária da adolescência e juventude, preparando-os para o futuro mundo dos negócios”, disse Arriel.

O superintendente avalia ainda ser este um dos melhores momentos de despertar a cultura empreendedora. “O empreendedorismo vai além da capacidade de criar e gerir empresas. Também está ligado à realização do indivíduo por meio de atitudes na busca de um crescimento pessoal e coletivo, através da solução de problemas, tomar decisões e iniciativas”, conclui.

SEDI quer melhorar a pauta da balança comercial do Estado

Com o objetivo de realizar uma agenda comum entre o Governo de Goiás e as entidades representativas do setor produtivo com foco na internacionalização comercial de Goiás, o superintendente de Comércio Exterior da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação (SEDI), Edival Lourenço Júnior, esteve em reunião na tarde desta quinta-feira (07) com o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás, (Acieg), Euclides Siqueira, e com a presidente da Câmara de Comércio Exterior da entidade, Andreia Fiúza.

“Queremos promover a internacionalização do Estado, com foco na melhoria qualitativa da balança comercial”, ressalta Edival Lourenço Júnior. O objetivo é melhorar a cadeia produtiva do Estado trazendo tecnologia e inovação, e assim melhorar a exportação qualitativamente, com produtos de maior valor agregado. “Hoje nossa balança é liderada por commodities e mineração”, explica.

O presidente da Acieg, Euclides Siqueira, afirmou que a entidade tem todo interesse em trabalhar em parceria com o Governo de Goiás. “As ideias que foram trazidas para a Acieg vêm ao encontro das nossas ideias, essa questão da internacionalização de Goiás está no nosso DNA”, afirmou.

Euclides Siqueira também solicitou ao superintendente de Comércio Exterior da SEDI no apoio aos pequenos e microempresários e produtores. “Precisamos ajudar a unir pequenos produtores e empresários para que juntos consigam participar das missões internacionais, que possam exportar”, acrescentou.

O superintendente de Comércio Exterior da SEDI, Edival Lourenço Júnior, informou ainda que visitará e espera receber também em seu gabinete todas as entidades representativas do setor produtivo de Goiás.

 

Comunicação Setorial – SEDI

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SEDI quer agilizar a instalação de usina fotovoltaica em Goiás

O governo de Goiás está acompanhando de perto os processos para a instalação da usina fotovoltaica em São João da Aliança, no Nordeste do Estado. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Adriano da Rocha Lima, o primeiro passo é obter o licenciamento ambiental, que, por razões técnicas, deve durar até o fim deste ano.

A construção, porém, não ficará parada à espera do licenciamento ambiental. O titular da SEDI explica que, durante esse tempo, serão finalizados os trâmites burocráticos, como transferência de capital para o Brasil e de estabelecimento das entidades jurídicas envolvidas no projeto.

A usina, que terá capacidade de geração de energia de 600MW, também virá acompanhada de uma fábrica que produzirá as placas a serem utilizadas na construção da unidade. “Não haverá importação das placas. Haverá transferência de tecnologia para o Brasil, que vai fabricar tudo que será usado na construção do projeto e passará a exportar esse tipo de tecnologia para o exterior”, explica Adriano.

Segundo o secretário Adriano da Rocha Lima, deverão ser gerados mil empregos diretos na construção da usina fotovoltaica e da fábrica de placas, além de outros postos de trabalho indiretos em áreas vinculadas à tecnologia empregada nesse tipo de empreendimento.

Outro ponto importante destacado pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação é o do complexo turístico que será instalado na região da usina. De acordo com informações repassadas pelos sul-coreanos, que possuem outras unidades semelhantes, a própria área do projeto passa a receber turistas, interessados em conhecer a tecnologia.

“Quando falamos parque temático, é um parque tecnológico. Vou dar até uma notícia em primeira mão, que é a de que os sul-coreanos vão trazer com eles três empresas de grande parte que vão participar desse parque tecnológico. Não posso divulgar os nomes por causa do acordo de confidencialidade, mas no prazo certo elas serão divulgadas”, adiantou.

O projeto terá tecnologia sul-coreana, de responsabilidade da empresa KSB Energy, com capital dos Emirados Árabes Unidos, através do Enspire Group. Na última semana de fevereiro, Adriano da Rocha Lima e o governador Ronaldo Caiado tiveram reunião com o CEO mundial da KSB Energy, Jong Park, e com o representante da empresa sul-coreana no Brasil, José Vieira, para acertar mais detalhes do projeto.