Governo Digital, desenvolvimento de novas capacidades, e o dilema entre execução e prazo escasso para planejamento, foram alguns dos tópicos tratados no bate-papo realizado quarta-feira (10) promovido pela Secretaria de Desenvolvimento e Inovação, por meio da subsecretaria de Tecnologia da Informação, cujo tema foi “Os desafios durante e pós Covid 19 e os impactos na TI”. 

A abordagem contou com a participação do presidente da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação (ABEP-TI), Lutiano Silva, que também é diretor-presidente do Centro de Gestão da TI do governo do Amapá, do superintendente de Tecnologia e Informação da Secretaria de Saúde de Goiás, Renato Alves, e do subsecretário de Tecnologia da Informação da SEDI, Celso Camilo.

O painelista Lutiano Silva falou um pouco sobre a história da implantação do governo eletrônico, ou digital, no Brasil e no mundo. Destacou a importância da regulamentação e desburocratização destas plataformas. “Temos que parar de fazer governo para governo, mas sim pensar o governo para o cidadão”.  Ao desenvolver uma plataforma de governo digital, segundo Lutiano, é importante entender que é necessário transformar os processos, não somente digitalizar o serviço. “Oferecer um serviço digital e o cidadão ter que esperar o mesmo prazo para, por exemplo, ter um determinado documento ou percorrer as mesmas etapas da solicitação presencial, não representa uma melhoria para o cidadão”, explica.

Entre os desafios enfrentados devido à pandemia, Lutiano Silva ressaltou a questão das demandas urgentes principalmente nas áreas de saúde e educação. “Tivemos que focar mais na entrega do que no planejamento, para atender a estas demandas e contribuir para o combate, controle e prevenção à Covid 19”.

Para o subsecretário de TI Celso Camilo, trabalhos como os desenvolvidos pela equipe de TI em Goiás, com a implantação da Sala de Situação e desenvolvimento de paineis que reúnem informações diversas e cruzamento de dados, com o propósito de auxiliar o Governador nas tomadas de decisões, também exigiram dos profissionais novas capacidades para a transformação de dados em informação analítica e preditiva.

O superintendente de Tecnologia e Informação da Secretaria de Saúde de Goiás, Renato Alves, dividiu com os participantes a experiência na SES. Um dos desafios da equipe foi implantar a Central de Orientações (CORI) em tempo recorde, e que foi fundamental a parceria com a Subsecretaria de TI além do alto nível técnico dos servidores da área. “Hoje atendemos não só a população de Goiás, por meio da CORI, mas também outros Estados. A Central se tornou uma referência”, conta.

O desafio pós-pandemia será dar continuidade a digitalização dos serviços prestados à população. “A pandemia acelerou o processo de digitalização, de acessos dos cidadãos que se adequaram a esta nova realidade, buscando também o aprimoramento tecnológico para lidar com estas novas formas de acessos digitais. Agora, temos que melhorar a experiência do cidadão com estes novas plataformas digitais”, ressalta.

O encontro contou com a participação de servidores que atuam na TI da administração direta, indireta, autarquias e fundações do Estado de Goiás.