A manhã desta sexta-feira, 09 de março, foi animada na biblioteca Professora Ena Galvão, na Superintendência de Educação em Trabalho para o SUS – Sest/SUS. Em comemoração à semana internacional da mulher, tanto os servidores da Sest/SUS quanto de outras unidades da Secretaria de Estado da Saúde puderam aferir a pressão arterial e realizar exame de glicemia, além de participar de duas palestras atraiu muitos participantes.

A primeira foi com a psicóloga Patrícia Vasconcelos de Oliveira, da Central de Transplantes do Estado de Goiás, com o tema "O papel da mulher no processo de doação de órgãos".Durante a palestra ela ressaltou a força da mulher no processo de doação de órgãos de entes queridos. "Aquilo que a mulher pensa faz uma diferença muito grande para toda a família", afirmou. 

De forma didática a psicóloga contou histórias de famílias que perderam entes queridos e tiveram que decidir sobre a doação de órgãos. A plateia, em sua maioria mulheres que trabalham na Superintendência, se emocionou com o tema. Foi o caso da executora administrativa Valtércia Medeiros Dantas da Costa. Grávida de 7 meses, a servidora achou fundamental os esclarecimentos da psicóloga sobre o processo de doação de órgãos. "Ela usou o dia a dia da nossa vida de mulher pra mostrar a importância que temos na hora da dor transformando isso em ato de amor, que é a doação de órgãos", ressaltou. 

A Central de Transplantes do Estado de Goiás é pioneira em adotar o suporte psicológico nos processos de doação de órgãos. De acordo o gerente da Central, Fernando Castro, a equipe de psicologia proporciona um acolhimento às famílias doadoras oferecendo atenção e cuidados nesse período de dor e luto das famílias. 

No ano de 2017 a Central de Transplantes aumentou 54% o número de doações de órgãos em relação à 2016. Entre outros fatores, o gerente afirma que este suporte psicológico foi fundamental para aumentar as doações de órgãos. 

Palestra 2

A segunda palestra no dia foi sobre “Saúde sexual e mental” proferida pela também psicóloga e pesquisadora Karen Michel Esber. Num clima muito descontraído, ela falou sobre os aspectos físicos e mentais que envolvem a sexualidade humana e respondeu à perguntas colhidas antecipadamente sobre o assunto.

Em sua apresentação Karen Esber explicou que, apesar de ser um dos pilares para a qualidade de vida, a saúde sexual é muito complexa por envolver questões biológicas, psicológicas, antropológicas e até religiosas e que apresentam muitas diferenças nas mais variadas regiões do mundo. Nas diferentes culturas, inclusive no Brasil, o machismo, o preconceito e até atitudes criminosas afetam o comportamento sexual de homens e mulheres.

Karen Esber aproveitou para fazer um alerta sobre a violência sexual praticada por homens e mulheres, sobretudo, contra crianças com consequências graves para toda a vida.

Com a exposição de muitas ilustrações, a especialista falou também sobre pornografia, mitos e verdades sobre a sexualidade na terceira idade, problemas físicos e psicológicos que interferem na sexualidade feminina e masculina. Ao final a psicóloga afirmou que a sexualidade saudável é a consensual e respeitosa física e emocionalmente. “A sexualidade deveria ser sempre um ato de amor”, concluiu.