Leptospirose

É uma doença infecciosa febril causada pela leptospira, de início abrupto, cujo espectro pode variar desde um processo inaparente até formas graves. A doença pode ser discreta, de início súbito com febre, cefaléia, dores musculares, anorexia, náuseas e vômitos.

Trata-se de zoonose de grande importância social e econômica por apresentar elevada incidência em determinadas áreas, alto custo hospitalar e perdas de dias de trabalho, bem como por sua letalidade, que pode chegar a até 40% dos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às precárias condições de infra-estrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência do agente causal no ambiente, facilitando a eclosão de surtos.

A infecção humana resulta da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados e a penetração do microrganismo dá-se através da pele lesada ou das mucosas da boca, narinas e olhos. Pode também ocorrer através da pele íntegra quando imersa em água por longo tempo. Algumas profissões como trabalhadores em limpeza e desentupimento de esgotos, catadores de lixo, agricultores, veterinários, tratadores de animais, pescadores, magarefes, laboratoristas, militares e bombeiros, dentre outras, apresentam maior predisposição ao contato com as leptospiras, conforme diagnóstico do Ministério da Saúde.

No estado de Goiás no período de 2007 a 2011 foram notificados 443 casos suspeitos de leptospirose, com 33 casos confirmados e 8 óbitos, representado uma letalidade de 24,2%. No ano de 2007 foram confirmados 6 casos,  observando-se uma letalidade de 50%. A partir de 2008 houve uma regressão no número de óbitos, sendo que em 2011 foram notificados 5 casos confirmados da doença, com a evolução de dois para óbito, representando uma letalidade de 40%. Essa redução decorreu da intensificação das ações de assessoria técnica aos municípios quanto ao diagnóstico precoce e tratamento, e distribuição de materiais instrutivos e educativos às regionais de saúde. Os Municípios de Anápolis, Goiânia, Jataí e Mineiros são os maiores notificadores do agravo. De janeiro de 2012 até o momento foram notificados 26 casos suspeitos, sendo que desses casos, cincos se confirmaram.

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