Leishmaniose Visceral Humana

A leishmaniose visceral (LV) é uma zoonose importante no Brasil, tendo em vista sua magnitude, letalidade e expansão geográfica. Envolve principalmente três componentes: vetor (“mosquito palha ou birigui”), reservatório (animais silvestres e o cão) e o homem susceptível, com notável urbanização em cidades de médio e grande porte, determinando um novo perfil epidemiológico da doença. Os sintomas são febre e aumento do volume do fígado e do baço, emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias, desânimo, prostração, apatia e palidez. Pode haver tosse, diarréia, respiração acelerada, hemorragias e sinais de infecções associadas. Quando não tratada, a doença evolui podendo levar à morte até 90% dos doentes. Técnicas diagnósticas principais são a RIFI - imunofluorescência indireta (= ou > 1: 80) e o exame direto de formas amastigotas - aspirado de medula óssea, biópsia hepática e a aspiração de linfonodos.

TRATAMENTO

Antimoniais – Antimoniato N-metil glucamina, ampolas de 5 ml, contendo 405mg de Sb+5 (1 ml = 81mg de Sb+5), 20mg de Sb+5 kg/dia, endovenosa por 30 dias, limite máximo de 1,5 ampolas/crianças a 3 ampolas/adulto/dia, podendo ser diluída em solução glicosada a 5% de forma lenta (5 a 7 minutos). Antes de iniciar o tratamento: avaliação e estabilização das condições clínicas, tratamento das infecções concomitantes. Devem ser tratados em unidades de referência, pacientes que apresentem co-morbidades ou sinais de agravamento (anemia, hemorragia, menores de um ano ou maiores de 50, dentre outros). É indicada a realização do eletrocardiograma (ECG) em todos os casos de LV e obrigatório nos pacientes acima de 50 anos, no início, durante e após o tratamento.

De 2007 a 2011 foram notificados 290 casos suspeitos de leishmaniose visceral e foram confirmados 224 casos: 25 em 2007, 31 em 2008, 25 em 2009, 33 em 2010 e 29 em 2011. Os municípios de Pirenópolis, Campos Belos, Uruaçu e Crixás são os maiores notificadores. Em Goiás existe a confirmação de casos caninos e/ou humanos em aproximadamente 20% dos municípios, podendo-se destacar municípios como Pirenópolis, Caldas Novas, dentre outros da região da Serra da Mesa, Norte e Sudoeste goiano. Estão disponíveis nas Regionais de Saúde, NACES e Centros de Controle de Zoonoses, Notas Técnicas de Diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina, Leishmaniose Visceral Humana e Leishmaniose Tegumentar.

O LACEN é o laboratório de referência estadual em relação ao diagnóstico animal e humano, bem como em relação à pesquisa vetorial; o HDT é a referência estadual em relação à assistência médica aos pacientes graves.

 

 

 Documentos e Manuais

 Notas Técnicas



 

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