A Secretaria Municipal de Saúde de Luziânia promove na semana de 30 de maio a 4 de junho uma maratona de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. O primeiro evento será um seminário a partir das 9h na Câmara Municipal, reunindo técnicos locais e de cidades vizinhas, da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás e do DF e representantes da sociedade, com o intuito de sensibilizar a comunidade no combate ao mosquito.

Em seguida, começa a ação para eliminar os focos de Aedes, com visitas aos domicílios da cidade. O secretário municipal de Saúde, Watherson Roriz de Oliveira, informa que Luziânia conta com 120 mil imóveis e a meta é vistoriar cerca de 70% deles. A operação contará com 350 homens, entre homens do Exército, Corpo de Bombeiros e agentes de Endemias de Luziânia e mais quatro cidades vizinhas: Valparaiso, Novo Gama, Águas Lindas e Santo Antônio do Descoberto.

Watherson explica que a ação desta semana é mais uma etapa da força-tarefa Goiás contra o Aedes, desenvolvido pela SES-GO, De janeiro a maio, os agentes de endemias vistoriaram 95.300 imóveis, recolhendo cerca de 300 toneladas de lixo. Como resultado, o índice de infestação de focos do Aedes caiu de 3,9% em janeiro para 0,39% em abril, dentro da meta 1% estabelecida pelo Ministério da Saúde.

O secretário explica que o principal problema enfrentado pela SMS no combate ao Aedes consiste no alto número de imóveis fechados. “Parte da população trabalha no Distrito Federal e as residências ficam sem nenhum morador durante a semana. Por isso há equipes trabalhando nos sábados e domingos”, diz Watherson.

Valparaiso

A cidade vizinha de Luziânia também montou um esquema especial de combate ao mosquito, promovendo de 7 a 14 de maio a Semana de Mobilização Contra o Aedes aegypti. Mais de 44 mil imóveis foram visitados pelos mais de 500 profissionais: Agentes de Combate a Endemias, Agentes Comunitários de Saúde, enfermeiros e técnicos de saúde do município, supervisionados pelo Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás e Secretaria Municipal de Saúde.

Para o secretário municipal de Saúde, Walter de Mattos Dutra, o principal problema encontrado foi a resistência da população. “Notei que os agentes batiam nas portas das residências, uns eram atendidos, outros não. Notei ainda que outro morador não deixou o bombeiro entrar para fazer o trabalho de eliminação e conscientização”, afirmou.

A ação foi uma parceria conjunta do governo federal, estadual e municipal, com apoio do Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás, Polícia Militar, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), regionais de saúde de Anápolis, Novo Gama, Formosa, entorno sul, Águas Lindas, Santa Maria, Gama, Luziânia, Distrito Federal e Regional Central de Goiânia e Conselho Municipal de Saúde.