Goiás Contra o Aedes já eliminou mais de 70 mil focos do mosquito

Desde que o Goiás Contra o Aedes começou, em dezembro do ano passado, mais de 3,2 milhões de imóveis foram visitados em todo o Estado e mais de 70 mil focos do mosquito foram eliminados. Com isso, mais de 700 milhões de mosquitos deixaram de nascer. A informação é do Secretário de Estado da Saúde de Goiás, Leonardo Vilela.

Em coletiva à imprensa, Vilela fez um balanço do Goiás Contra o Aedes até o momento e informou que o Estado continua apostando em reduzir para menos de 1% os focos dos mosquitos, nos 246 municípios goianos.

Como 80% dos focos estão em residências, o secretário enfatizou que a população precisa continuar cuidando da própria casa, eliminando recipientes que possam acumular água parada.

Para auxiliar os municípios na limpeza dos logradouros públicos – onde estão concentrados 20% dos focos, o Governo do Estado criou a Patrulha da Saúde, que disponibiliza maquinária pesado para recolher entulhos diversos das áreas públicas, fundos de vale, córregos e terrenos baldios, entre outros. Já foram recolhidos 433 mil toneladas de entulhos, suficiente para encher mais de 24 mil caminhões caçamba. Até o momento foram visitados 72 municípios e os gastos chegam a R$ 2,5 milhões.

Os esforços para eliminar os focos do Aedes fizeram com que os casos de dengue em Goiás crescescem menos que no restante do País. Enquanto que o número de casos de dengue aumentou 54% no Brasil inteiro, em Goiás o crescimento foi de 18,12%.

O número, apesar de positivo, não deixa o secretário Vilela satisfeito, pelo contrário. Ele assegura que o trabalho será intensificado e lembra que, em 2015, 92 pessoas morreram, vítimas da dengue; outros 24 óbitos ainda dependem de confirmação.

Dengue ou Zika

O crescimento menos acelarado dos casos de dengue no Estado deve continuar e pode ter como justificativa o zika vírus. É que, de cada 100 casos notificados como dengue, após a realização dos exames de confirmação de diagnóstico, ficou comprovado que 25 casos são, na verdade, de zika.

Vilela esclarece que, para fins de tratamento dos pacientes, não há diferença entre um diagnóstico e outro mas que, do ponto de vista epidemiológico, é importante para estimar se haverá aumento ou queda do número de casos. Além do agente transmissor em comum – o mosquito Aedes aegypt – os sintomas da dengue, do zika e da chikungunya são semelhantes, bem como o tratamento.

Para auxiliar os municípios na asistência aos doentes, a SES adquiriu cem mil doses de dipirona injetável. O medicamento deve ser entregue nos próximos quinze dias e a secretaria fará as remessas para as secretarias municipais.

Redução dos focos

De janeiro até agora Goiás reduziu para 1,47% o número de imóveis com focos de Aedes aegypti. O porcentual de residências, estabelecimentos comerciais e lotes baldios com criadouros do mosquito caiu de 3,99% para 2,11% em fevereiro e de 1,47% para março. Vilela atribui estes números à força-tarefa Goiás Contra o Aedes, que abrange todo o Estado e já recebeu elogios do Ministério da Saúde.

“Nós conseguimos baixar o número de criadouros no Estado e vamos conseguir chegar a menos de 1%. Estamos confiantes que vamos eliminar o Aedes aegypti em Goiás.”

O secretário confirmou que a ação continua até junho e que nos próximos meses deverá ser dada atenção especial aos municípios onde ainda não foram vistoriados 100% dos domicílios, aos imóveis fechados e aos logradouros públicos. “É importante que eliminemos os criadouros em todos esses lugares. Neste sentido, tem sido importante a ação das patrulhas que tem ajudado na limpeza e remoção de entulhos.”

A força-tarefa da SES-GO, em parceria com o Corpo de Bombeiros e prefeituras, tem como meta visitar todos os imóveis de Goiás, seis vezes seguidas neste primeiro semestre e erradicar o mosquito no Estado.

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